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O Jardim do Príncipe Real é um dos mais bonitos jardins de quarteirão, de estilo romântico com as suas espécies vegetais exóticas e os palacetes de gosto eclético que o envolvem.
A zona do Príncipe Real situa-se a meio caminho entre as Amoreiras e o Cais do Sodré e é considerado um dos bairros mais cosmopolitas da cidade.
Restaurantes populares ou gourmet, bares, cafés, lojas com história ou conceitos alternativos e a proximidade do Bairro Alto são razões mais do que suficientes para uma deslocação a este local.
Mas vamos dar-lhe muitos outros motivos, entre eles dois equipamentos urbanos antigos, um deles já desaparecido.
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Breve Enquadramento Histórico
Esta zona, um planalto conhecido desde o séc. XV por Alto da Cotovia, foi ao longo dos séculos sofrendo vicissitudes.
Os palacetes que estiveram projectados, por uma ou outra razão, não se chegaram a realizar e durante algum tempo este lugar privilegiado de bons ares não passou de uma lixeira do Bairro Alto.
Após o terramoto de 1755 aqui estiveram acampados os regimentos militares da província que vieram em auxílio da população de Lisboa.
A Basílica Patriarcal, então recentemente construída junto ao rio Tejo, havia ruído e é aqui que irá ser edificada a nova Patriarcal cujas obras terminaram em 1761. Mas apenas oito anos depois, um incêndio destruiu uma parte deste edifício e passados dois anos um outro de grandes dimensões acabou com o que havia restado. O local passa a ser conhecido por Patriarcal Queimada.
Só em meados do séc. XIX se iniciam os projectos que resultarão na actual feição do espaço com as construções do Reservatório de Água da Patriarcal, do grande tanque e do jardim, obras concluídas em 1863.
A designação deste local foi mudando ao longo dos tempos e em 1859 a praça ganhou o nome oficial de Príncipe Real. De 1911 a 1919, no contexto da República, o nome passou para Praça do Rio de Janeiro e o espaço ajardinado para Jardim França Borges.
Contudo hoje a zona, a praça e o jardim voltaram a adoptar a antiga designação de Príncipe Real.
Atracções do Jardim do Príncipe Real
O Jardim do Príncipe Real tem um carácter orgânico, aparentemente espontâneo de canteiros sinuosos que se desenvolvem em volta de um grande tanque octogonal. Caracterizam-no a presença de espécies vegetais exóticas de grandes dimensões.
Entre outras merecem destaque as impressionantes árvores-da-borracha e o ex-líbris do jardim, um cedro-do-buçaco (Cupressus lusitanica) cuja imensa copa é suportada por uma estrutura metálica, formando uma área de sombra com 20 metros de diâmetro. Esta foi a primeira árvore a ser classificada de interesse público em Lisboa, em 1940.
O jardim dispõe de parque infantil, quiosques de bebidas e restaurante.
Mas há mais razões para uma visita:
- O Reservatório da Patriarcal no subsolo do jardim que faz parte do Museu da Água;
- O Mercado Biológico do Príncipe Real que se realiza todos os sábados de manhã e onde pode encontrar uma vasta variedade de produtos alimentares, hortícolas e artesanais, vendidos pelos seus produtores;
- A Feira de Antiguidades, Velharias e Artesanato do Príncipe Real que tem lugar nos últimos sábados e segundas-feiras de cada mês.
Entre estas atracções e maravilhas da natureza encontram-se implantadas esculturas que queremos que conheça em Arte Pública do Jardim do Príncipe Real.
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Curiosidades
Tempo ainda para lhe chamar a atenção para dois curiosos equipamentos urbanos antigos que já abordámos.
Em A Arte e o Design nos Quiosques WC de Lisboa falámos-lhe de um equipamento urbano de 1913 de que é ainda possível apreciar quatro exemplares.
Nesse mesmo artigo revelámos-lhe que através de fotografias antigas conseguimos identificar um quinto quiosque WC no Jardim do Príncipe Real, como atesta claramente a fotografia captada aquando da inauguração do busto de Sousa Viterbo, em 1950.
Lamentavelmente desconhecemos o ano da sua demolição e o destino dos azulejos que o adornavam, provavelmente da autoria do pintor J. Pinto.
No Jardim do Príncipe Real pode ainda observar um dos fontanários-bebedouros da Sociedade Protectora dos Animais oferecidos à cidade por Júlio Andrade em 1882. Este encontra-se a funcionar mas merecia melhor estado de conservação.
Precisa de mais razões para re/visitar este magnífico jardim? 😉
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